Era noite
Já era noite, o clima estava frio, nublado, vazio. Os pingos da chuva começaram a cair na minha janela. O céu totalmente negro, nenhuma estrela se via. A lua fazia de tudo para se esconder, a chuva queria seu devido espaço.
Ouvi atentamente seu barulho, tentou adentrar pela minha janela, querendo me molhar. Fechei os olhos e estendi o braço em sua direção como se a convidasse para esfriar o meu corpo com seu toque suave.
Senti as gotas na minha pele. Frias. Arrepiantes. Sensação deliciosa. Meus olhos ainda fechados, me fizeram te ver. Sua imagem em preto e branco se formou à minha frente e eu me apaixonei, novamente...
Deixei que a chuva acelerasse o meu coração. Me transmitisse a melhor emoção da vida.
Eu percebi, pela milésima vez, que eu sempre vou lembrar de você em qualquer momento.
Mas, principalmente, quando chover.
É nessa hora que o meu pensamento corre feito um louco até você. Meu coração palpita como amor!
Peço para que o vento gelado leve minha felicidade até você e que me traga uma resposta.
Deitei a cabeça no travesseiro e esperei, sorrindo.
Olhei pela janela mais uma vez, e vi o mesmo vento acompanhado da tristeza.
Meu semblante já não brilhava mais.
Recebi sua mensagem. Você me disse que não pode estar por perto, as circunstâncias não o permitem.
Você não pode me apertar em seus braços numa noite de chuva como essa.
Você não pode encostar minha cabeça no seu peito para que eu sinta o seu coração acelerado. Muito menos desfrutar, comigo, de todo o amor que temos a oferecer um para o outro...
Me endireitei na cama novamente, olhei para a parede, senti os pingos fracos baterem no meu rosto, a brisa fria arrepiar meu corpo. Percebi que as lágrimas queriam saltar dos meus olhos. Meu coração parou de palpitar de felicidade.
Era noite, o clima continuou frio, nublado e vazio.
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